Tecnologia é a forma que temos de empregar o conhecimento científico para manipularmos a natureza. Pode envolver por exemplo formas de produzir novos medicamentos, melhores plásticos, carros mais velozes, armas nucleares, heroína mais pura, ração de frangos para a produção de ovos com menos colesterol... o importante é que tecnologia, assim como a ciência, é uma atividade humana; as decisões sobre o emprego do conhecimento científico para gerar boas ou má aplicação tecnológica são tomadas por homens e mulheres, nas indústrias e nos governos, que têm o poder de tomar tais decisões. De fato, a maioria das pessoas só tem contato com a ciência através dos avanços da tecnologia aos quais elas estão acostumadas, e é esse impacto direto com o resultado da ação da tecnologia que influencia o modo como as pessoas se sentem em relação à ciência. É portanto muito importante que nós possamos enxergar além dessa relação simbiótica entre ciência e tecnologia. É claro que a ciência moderna depende fundamentalmente dos avanços tecnológicos, como melhores equipamentos, melhores computadores, etc, para que os cientistas consigam observar cada vez mais profundamente os mistérios do universo. É provavelmente mais fácil reconhecer o fato científico e sua aplicação tecnológica pelo prazo que demora entre descoberta e a sua aplicação: o chamado período de incubação, que depende de vários fatores, como a velocidade da comunicação da descoberta, o reconhecimento da aplicabilidade da descoberta, a invenção de uma aplicação tecnológica da nova ciência, e a produção em larga escala da invenção. Em geral, inovações baseadas em pesquisa aplicada acontecem mais prontamente do que aquelas derivadas de pesquisa básica.
